O Salimp é uma oportunidade para os autores e autoras regionais reunir um público cativo da literatura ou de estudantes encontrar livros que foram desenvolvidos a partir de pesquisas acadêmicas sobre a região.
O tradicional lançamento de obras de autores regionais, que acontece a cada edição do Salão do Livro de Imperatriz (Salimp), começou no último sábado (08) e foi dada a largada oficial na segunda (10) com o lançamento coletivo dos três escritores que ganharam o Selo 2021 da Academia Imperatrizense de Letras (AIL). A apresentação desses livros foi o ponto auge para atrair visitantes aos lançamentos de obras regionais.
O bate-papo sobre os livros premiados com o Selo aconteceu com a presença dos seus escritores: o jornalista e ator Domingos de Almeida – ganhou em 1° lugar com a obra Xica do Sertão de Terra e Puaca; a escritora e jornalista Hyana Reis – 2° lugar com o livro Amores em tempos de @ – e o atual vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Marcos Fábio Belo Matos – 3° lugar com ‘Palavras do Avesso’.
Durante a sua explanação, Marcos Fábio destacou que ficou muito feliz “não por ter ficado em terceiro lugar, porque a gente não fica feliz com esse resultado. É porque eu perdi pros meus discípulos, eu perdi para quem um dia foi meu aluno, isso é muito importante. Alexandre [Maciel], Iara, Alisson Franco e professora Herli e todos os colegas que são professores sabe do que eu tô falando. Quem trabalha na docência fica muito feliz, quando sente que teu aluno progride e estar no prêmio com eles [Domingos e Hyana] para mim é um motivo de grande satisfação”.
O professor aproveitou para informar à plateia que esse é o maior prêmio literário do Maranhão, além de ser o único e o mais almejado pelos escritores do estado. Domingos de Almeida além de receber o Selo 2021, ganhou o prêmio em 1° lugar e pontuou diversas curiosidades da obra premiada. “Esse livro foi escrito em forma de um espetáculo teatral dividido em três atos para que meus alunos da Companhia Afro de Teatro Reinvent’arte pudessem apresentar em festivais de artes de cênica no estado.”
Aos 30 anos e com dois livros publicados, Domingos afirma que receber o título de escritor é um adjetivo que ainda está demorando processar. “Porque é um título que eu acho que não é só um título, ou só um adjetivo. Eu acho que você precisa se dedicar à escrita para se tornar escritor. A Academia Imperatrizense de Letras conseguiu me convencer, a partir do resultado que eles deram pra esse livro, que eu posso e/ou poderia ser escritor, porque eu admiro tanto as pessoas que só escrevem, porque escrever é uma arte, né!?”.
O jornalista aproveitou sua apresentação para agradecer aos professores universitários Alexandre Maciel, Gilberto Freire e Lira Telma pela composição da banca avaliadora do prêmio da AIL e declarou sua profunda admiração. Em seguida Hyana Reis autora da obra ‘Amores em tempos de @’ , seu quarto livro, afirmou que escreveu a obra de forma despretensiosa, foi algo muito pessoal, escrito durante a pandemia do novo Coronavírus.
“Escrevi de forma processual desde o início da pandemia e foi algo intimista. Depois de pronto tive o incentivo dos meus amigos e alguns familiares para publicar. Amores em tempos de @ é algo que fala dos tempos atuais. Então aqui você vai encontrar crônicas a respeito desse nosso universo digital: o crush que não responde a mensagem de maneira rápida, o romance pelas redes sociais e tantas outras situações desse nosso universo virtual”. A obra foi publicada a partir do incentivo financeiro da ‘Lei Aldir Blanco’ por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma).
Mais obras serão lançadas
Segundo a programação oficial do evento, mais lançamentos de livros regionais vão ocorrer até o próximo domingo (16). As obras e seus respectivos autores são apresentados no espaço Café Literário. Ao todo são 21 obras de autores regionais lançadas no 18° Salimp.
Já passaram pelo ‘Café Literário’ os lançamentos das obras: “Pelos caminhos das Literaturas Indígenas na Educação Básica: propostas de letramento para o (re) conhecimento e o respeito à diversidade étnica”, Walquiria Lima da Costa; “A flor da pele” e “Ditos e feitos” da Professora. Dra. Tereza Bom-Fim / Membra da AIL; “Responsabilidade política e destruição de governos na Democracia”, escritor Dr. Sálvio Dino Júnior; “Mulheres, memórias e afetos”, Maria da Natividade, Presidente da Academia Joaolisboense de Letras – AJL; “Por amor aos meus filhos” Raquel Pinto e “Dialogando sobre o luto”, Francely Feitosa; Antonio Neres “O Céu é real”.
“O que que o mercadinho tem?” do jornalista André wallyson; livro e vídeo documentário “Pelos caminhos de Frei Manoel Procópio” do Jornalista, Ativista ambiental, membro das Academias: Imperatrizense de Letras-AIL e Academia Açailandense de Letras – AAL, Domingos Cézar. Livro “Macroeconomia aplicada: Modelando a Economia Brasileira” escrito por professor William Lima Freire. Lançamento das obras “Professor-leitor” 2ª edição e “Asas da imaginação” 2ª edição e “Um Lobo totalmente mau?”, Profa. Dra. Tereza Bom-Fim. “O signo dos seis” – suspense policial – autor Alysson Steimacher.
Próximos lançamentos:
Dia 15/10
19h às 20h – “Dialogando sobre o luto”, Francely Feitosa.
20h às 22h – Lançamento Coletivo da Editora ESTAMPA / Responsáveis: Ribamar Silva e Giselda Castro.
Dia 16/10
16h às 17h – Lançamento do livro de poemas “Múltiplos lutos”, Francisca Cristianne de Magalhães Ferreira
19h às 20h – Lançamento do livro “A força de nossas origens”, autoras: Conceição Medeiros Formiga e Rita Fernandes Barbosa
Sobre o Salimp
O Salimp retornou de forma presencial no dia 08 de outubro e segue até o próximo domingo (16) e acontece no Centro de Convenções de Imperatriz. A entrada e participação nas atividades do Salimp ocorrem de forma gratuita e aberta ao público a partir das 9h.
A Feira já é uma tradição no calendário cultural e literário de Imperatriz e Região. Considerado e preparado pela coordenação de forma que seja mais que uma feira de livros: É um espaço multicultural; com palestras variadas, lançamentos de livros de autores regionais, atividades recreativas, espaço para apresentações de teatro, música, espaço infantil, venda de livros, rodas de conversa, mesas-redondas, minicursos, oficinas, apresentações musicais, festival de música, mostra de artes plásticas, cineclube, performances musicais, dentre outras.
Com o tema “Imperatriz, polo universitáio: cultura, ciência e arte”, o Salimp tem como objetivo valorizar as muitas iniciativas de instituições de ensino público e privado que oferecem cursos superiores para população de Imperatriz e região. São mais de 10 instituições de ensino superior e a cidade recebe centenas de jovens e adultos de diversas partes do país.
A assessoria do evento divulgou que este ano são 78 estantes de editorias e livrarias, divididas no espaço do Centro de Convenções. São 35 mil títulos à venda para o público infantil e adulto. Marcam presença cerca de 300 editorias representadas. Para quem vai ao Salimp pode prestigiar ‘Espaço Infantil’, a ‘Arena Multicultural’ e o ‘Café Literário’, locais onde acontece a maioria das atividades. Toda a área interna do Salimp é climatizada.
Assim como todos os anos, “a Academia Imperatrizense de Letras é a única entidade com este perfil que realiza uma feira de livros, no país”, informou a assessoria do evento. Para efetivar este evento, ela conta com patrocínio e apoio de empresas, governos e instituições.
Este ano, o Salimp contou com o patrocínio do Governo do Estado, por intermdio do Fundo Estadual de Cultura, Prefeitura de Imperatriz, Grupo Mateus, Universidade Ceuma de Imperatriz e Suzano Papel e Celulose. E recebeu apoio da Fundação Rio Tocantins, HOTBEL, UFMA, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vara da Infância e Juventude, SETRAN e SEMED.
Jornalista especializada em Assessoria de Comunicação Organizacional e Institucional. Já vivenciou experiências profissionais nas áreas de publicidade e propaganda, produção de documentários, radiojornalismo, assessoria política, repórter do site jornal Correio de Imperatriz e social mídia. Boa parte de suas experiências profissionais foram em assessorias de comunicação institucional de ONGs, com ativismo social voltado para a defesa de direitos humanos, justiça socioambiental e expansão da agroecologia na região do bico do Papagaio; esses trabalhos ocorreram nas cidades de Açailândia, Imperatriz (MA) e Augustinópolis (TO).