Neste dia 21 de fevereiro é celebrado o “Dia da Literatura Vermelha”, em homenagem ao aniversário de publicação do Manifesto Comunista. Esta data não apenas marca um momento de festividades, mas também de solidariedade com aqueles que enfrentam adversidades promovidas pela direita em todo o mundo. As atividades ocorrem em dezenas de países, convidando pessoas de todas as partes do mundo a se unirem.
Editores, bibliotecários, movimentos populares e organizações políticas foram convocados a participar dessa mobilização, organizando uma série de atividades on-line e presenciais tais como: leituras coletivas do Manifesto, postagens nas redes sociais indicando o “Livro Vermelho” favorito, realização de oficinas e grupos de estudo, além da criação de peças de arte política em comemoração à data. Nas redes sociais, a proposta é utilizar as hashtags #ARedBookADay, #DiaDoLivroVermelho e #RedBooksDay2024 para marcar as iniciativas.
Maria Divina Lopes, escritora maranhense, compartilha sua visão sobre o contexto atual dos escritores da literatura vermelha, destacando a presença de uma produção crítica e criativa entre grupos não hegemônicos, porém com pouca visibilidade. Ela ressalta a necessidade de mais incentivos e oportunidades para as novas gerações de escritores.
“Para impulsionar a produção desse tipo de literatura, é fundamental ampliar os espaços de formação e garantir incentivos para os escritores emergentes”, afirma.
Divina enfatiza o papel crucial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na formação e inspiração de escritores, especialmente por ocasião dos 40 anos do movimento. “O MST tem servido como uma importante escola de formação e inspiração para sua militância e para a população em geral, contribuindo para a afirmação da literatura como um direito humano e fundamental”, ressalta.
Em São Luís, o espaço ‘Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis’, organizou uma ação a partir das 18h30. O encontro tem os seguintes focos: debater o conflito Ucrânia-Rússia com o professor Guillermo Johnson e Josefa Batista; História do Manifesto Comunista também será pauta do bate-papo com o professor Saulo Pinto. Quem for ao Solar Cultural vai apreciar música ao vivo com Aziz Júnior no final do encontro.
Sobre o Manifesto Comunista
Na primeira edição do “Dia da Literatura Vermelha”, em 2020, mais de 30 mil pessoas participaram de uma leitura pública do Manifesto Comunista em diversos idiomas locais. A obra, lançada em 21 de fevereiro de 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels, é celebrada por seu impacto libertador sobre movimentos populares do passado, presente e futuro.
A celebração foi iniciativa de editoras do Brasil, Argentina e Índia, que fundaram a União Internacional das Editoras de Esquerda, composta atualmente por mais de 40 associadas em todo o mundo. No Brasil, a Expressão Popular é uma das integrantes desse movimento.
Com informações do site Brasil de Fato
Jornalista especializada em Assessoria de Comunicação Organizacional e Institucional. Já vivenciou experiências profissionais nas áreas de publicidade e propaganda, produção de documentários, radiojornalismo, assessoria política, repórter do site jornal Correio de Imperatriz e social mídia. Boa parte de suas experiências profissionais foram em assessorias de comunicação institucional de ONGs, com ativismo social voltado para a defesa de direitos humanos, justiça socioambiental e expansão da agroecologia na região do bico do Papagaio; esses trabalhos ocorreram nas cidades de Açailândia, Imperatriz (MA) e Augustinópolis (TO).