O Centro Cultural Tatajuba, em Imperatriz, inaugurou na última terça-feira,12, a exposição inédita “Portinarião – Uma exposição de Candido Portinari no Maranhão”, apresentando 44 obras de João Candido Portinari em impressão giclée, técnica de impressão digital que garante grande qualidade de detalhes – utiliza microjatos de tinta de longa duração em papéis específicos. A mostra, celebra os 120 anos do renomado artista brasileiro e destaca a ligação entre sua obra e a rica cultura maranhense. A entrada é gratuita e aberta ao público até 31 de maio de 2024.
O artista visual Miguel Sousa contribui para a exposição, criando elementos cenográficos que retratam a tradição maranhense, enriquecendo ainda mais a conexão entre a obra de Portinari e a cultura local. Solanda Steckelberg, fundadora do Tatajuba, expressa a importância dessa exposição para Imperatriz: “Compreendo que a estreia deste renomado artista no Maranhão estava destinada a ser em Imperatriz. Isso significa trazer para nosso público uma poderosa ferramenta educacional, reforçando, ainda, suas contribuições para a cultura, a educação e o turismo de Imperatriz e do Maranhão, como também criar possibilidades para integrar nossa cidade ao circuito nacional de exposições.”
A mostra deve reverberar também na cidade de João Lisboa, na comunidade de Bom Lugar, com a criação, em parceria com o Padre Ernane, da Sala de Artes Maria Candida [nome da filha do artista], um espaço integrado à Biblioteca Comunitária Poeta Ângelo Natanael. Além da apreciação artística, “Portinarião” oferece uma experiência educativa. Durante a exposição em Imperatriz, monitores e arte-educadores locais receberão os visitantes, compartilhando a mensagem e a contribuição de Portinari para a cultura brasileira.
Sobre a exposição
A exposição destaca a trajetória de Portinari e reforça seus laços com a cultura brasileira e, em particular, com o Maranhão. Foi concebida pelo Departamento de Arte, Educação, Inclusão e Pertencimento do Projeto Portinari. Fundado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o projeto tem como missão resgatar a vida e obra de Candido Portinari e democratizar o acesso ao acervo do artista, promovendo atividades educacionais com crianças e jovens. O trabalho inclui também a catalogação de mais de 5.300 obras, 25 mil documentos e a publicação do Catálogo Raisonné “Candido Portinari – Obra Completa”.
Em Imperatriz a mostra é realizada pelo Centro Cultural Tatajuba, localizado na Avenida Getúlio Vargas, nº 1665 – Centro.
Sobre o artista Candido Portinari
João Candido Portinari, nascido em 1903 em Brodowski, São Paulo, ascendeu à elite intelectual brasileira na década de 1930, apesar de sua origem humilde. Aos 20 anos, já era reconhecido nacionalmente e, em 1928, ganhou o “Prêmio de Viagem ao Estrangeiro,” dando início a uma carreira internacional. Na década de 40, consolidou sua fama com exposições em Nova York, contribuições para a “Feira Mundial” e murais em Washington. Envolveu-se em temas latino-americanos, exilou-se no Uruguai em 1948 devido a questões políticas e enfrentou problemas de saúde nos anos 50 devido à intoxicação por chumbo em suas tintas. Mesmo assim, produziu os notáveis murais “Guerra e Paz” para a ONU em Nova York. Sua carreira destacada incluiu prêmios, exposições internacionais e uma participação única na exposição “50 Anos de Arte Moderna” em Bruxelas, encerrando com sua morte em 1962, aos 58 anos, devido à intoxicação fatal por tintas.
(com informações da Assessoria)