Nova funcionalidade do PenhaS ajuda Mulheres a traçar rotas seguras para fugir da violência doméstica

‘No combate à violência doméstica, cada passo é crucial’. Este é o lema por trás da campanha de lançamento do Manual de Fuga, uma nova funcionalidade do PenhaS. Desenvolvido pelo Instituto AzMina com o propósito de informar, proteger e acolher mulheres em situação de violência, o aplicativo disponibilizará gratuitamente essa nova função a partir deste dia 8 de março. Para acessá-la, basta baixar ou atualizar o aplicativo nas lojas virtuais Play Store e Apple Store.

O Manual de Fuga foi criado a partir da escuta de mulheres de diversas origens pelo Brasil, abrangendo todas as formas de violência previstas pela Lei Maria da Penha. Nesta primeira fase, a ferramenta automatizada conta com 130 instruções para ajudar mulheres em situação de violência doméstica a traçar uma rota segura de fuga.

Dividido em cinco tópicos – Itens básicos, Segurança pessoal, Bens e renda, Crianças, adolescentes e dependentes, e passos para fuga (+transporte) – o conteúdo oferece recomendações personalizadas de acordo com o contexto e as necessidades da usuária. Desde acionar a polícia até decidir sobre uma eventual mudança de residência, o Manual de Fuga oferece orientações essenciais para momentos de grande estresse.

Marília Moreira, diretora de operações e tecnologia do Instituto AzMina, ressalta a importância dessas dicas no contexto da proteção e rompimento do ciclo de violência. Ela destaca que desde 2019 o Instituto compila relatos de mulheres que conseguiram sair de relacionamentos abusivos, reconhecendo que a mulher que convive com o agressor está ciente dos riscos que enfrenta.

Essa nova funcionalidade do aplicativo integra os esforços do Instituto AzMina, que desde 2015 se dedica ao combate da crescente violência de gênero no Brasil. De acordo com a última Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, três a cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica.

O Manual de Fuga é uma realização do Instituto AzMina, com financiamento do Numun Fund, e parceria de desenvolvimento de tecnologia do AppCívico.

Para utilizar o Manual de Fuga:

  1. Baixe o aplicativo PenhaS nas lojas para Android e Iphone (IOS) e cadastre-se.
  2. Acesse o Menu e clique em Manual de Fuga.
  3. Preencha os campos solicitados durante as interações e aguarde as recomendações.

Sobre o Aplicativo PenhaS

O aplicativo PenhaS, lançado em 2019, oferece recursos para informar, acolher e agir no combate à violência doméstica. Dividido em três pilares – Informação, Pedido de ajuda e Acolhimento – o aplicativo disponibiliza um mapa de pontos de apoio, localização de delegacias especializadas, Botão de Pânico e um feed de interação entre usuárias e chat privado.

Atualmente, o PenhaS conta com quase 14 mil usuárias, muitas das quais relataram que o aplicativo as ajudou a entender os riscos de vida e a dar o primeiro passo para sair do ciclo de violência.

Sobre AzMina

O Instituto AzMina é uma organização sem fins lucrativos que visa combater diversos tipos de violência contra as mulheres brasileiras. Além do aplicativo PenhaS e da Revista AzMina, o instituto desenvolve projetos que mesclam jornalismo com tecnologia, como PenhaS, Elas No Congresso, MonitorA e Aborto.info.

Saiba mais em institutoazmina.org.br

Texto com informações do Instituto Azmina.

Daniela Souza

Jornalista especializada em Assessoria de Comunicação Organizacional e Institucional. Já vivenciou experiências profissionais nas áreas de publicidade e propaganda, produção de documentários, radiojornalismo, assessoria política, repórter do site jornal Correio de Imperatriz e social mídia. Boa parte de suas experiências profissionais foram em assessorias de comunicação institucional de ONGs, com ativismo social voltado para a defesa de direitos humanos, justiça socioambiental e expansão da agroecologia na região do bico do Papagaio; esses trabalhos ocorreram nas cidades de Açailândia, Imperatriz (MA) e Augustinópolis (TO).

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