Revoada comunicativa

Os pássaros são representações de liberdade e comunicação. Os seus voos livres, trazem até previsão do tempo: “o urubu sobrevoando, eu logo pude prever, parece que vai chover”. Em tempos difíceis, as aves nos mostram o período para regressar, calmaria: “as andorinhas voltaram, eu também voltei”.  Os belos cantos são como comunicados da natureza. Falar de passarinhos é tratar sobre seres que mesmo em meio as adversidades, ou presos em gaiolas, não abrem mão de darem os seus recados.

Pássaros são mensageiros por excelência. Nas guerras, por exemplo, pombos- correio levavam mensagens presas aos pés. Assim, soldados conseguiam trocar mensagens e traçar estratégias alinhadas para vencer. Mesmo na incapacidade de cantar, os pequenos diziam muitas coisas. A representação desses bichinhos como comunicadores não se limita a episódios de conflitos, é possível ver como eles ganharam fama, caíram nas graças da mídia e foram colocando as asinhas de fora em muitos outros lugares.

Na internet, os passarinhos ganham ares tecnológicos e são logomarcas dos principais micro blogs da web. O Twitter, rede social criada em 2006, que começou com pequenos pios, em 140 caracteres, foi se expandindo ao logo do tempo, possibilitando o compartilhamento de fotos, vídeos e mensagens. Com o anúncio da compra da plataforma pelo magnata Elon Musk, os usuários da rede social pousaram em outro ninho, foram passarinhar no Koo. Uma rede social que segue o mesmo modelo comunicativo, também tem um pássaro na identidade visual.    

Na televisão, os passarinhos também tinham representação, Louro José, o fiel escudeiro de Ana Maria Braga, desde 1997. Ele encheu os lares dos telespectadores com uma presença recheada de bom-humor. Sempre com boas pegadinhas, o papagaio verde-amarelo abria o bico e já animava o clima do programa Mais Você. Com a morte de seu intérprete, Tom Veiga, em 2020, o Louro foi substituído por seu “filho”, o Louro Mané, dado o sucesso que o mascote tagarela trouxe ao matinal.

Liberdade, comunicação e passarinhos voam juntos. Nesse sentido, o Portal Assobiar, para mim, é um ninho que acolheu os sonhos passarinhos de quem sempre quis poder comunicar de forma leve. Aproveito este primeiro texto para agradecer, Daniela Souza e Idayane Ferreira, aves idealizadoras do assobiar, pelo espaço e generosidade ao me permitir fazer parte dessa linda revoada. Vocês são incríveis!

Aproveito para cumprimentar aos novos colunistas do portal, Mari Leal, Mari Maryana e Marcos Antonio.  Recebam minhas boas-vindas. Será um prazer ler novas colunas. Estendo os cumprimentos aos antigos colunistas, em especial, à Juliana Sá. Amo acompanhar suas histórias do volante. Recomendo a você, querido leitor, passarinhar por todos os cantos deste Portal, pois cada texto é uma experiência ímpar. Veja alto, ouça colorido.

Renato Sousa
Renato Sousa

É pisciano lúdico, casado com as letras, amante dos algoritmos. Navegante da Informaré desde os tempos do MSN. Na vida, “tudo me interessa, tudo tem mistério. Sou devoto da paixão”. Movido por minhas paixões, escreverei sobre internet, comportamento on-line e generalidades.

Outras colunas

Além das crises: as individualidades na infância atípica

No texto, a autora, também professora, aborda a necessidade de enxergar as crianças além de seus diagnósticos, especialmente quando se trata de autismo. Ela destaca a importância de não limitar as crianças por rótulos, mas sim de proporcionar experiências que promovam seu desenvolvimento integral, incluindo habilidades sociais e emocionais.

Achados na feira de troca de livros

Participar da feira de trocas de livros da biblioteca se torna um ritual cativante para a narradora, que descreve sua experiência de escolher cuidadosamente livros para trocar, encontrar preciosidades nas mesas de troca e se encantar com os achados literários. A atmosfera acolhedora e a oportunidade de renovar sua coleção de forma econômica e sustentável tornam essa experiência inesquecível.

HQ de Fato – Luto é um lugar que não se vê e O Novo Sempre Vem

HQ de Fato apresenta duas histórias impactantes. “Luto é um lugar que não se vê” aborda o cuidado amoroso em meio ao luto, enquanto “O Novo Sempre Vem” narra a vida e inspirações de Vannick Belchior, filha do icônico cantor Belchior. Ambas as narrativas oferecem uma visão sensível e reflexiva sobre amor, perda e herança emocional.

Uma crônica sobre uma crônica

O autor relembra uma crônica de Paulo Mendes Campos que oferece orientações para uma jovem de 15 anos, conectando-a à sua própria experiência ao escrever uma carta não enviada para si mesma. Discute a complexidade das relações humanas e da experiência de leitura, revelando sua preferência por obras específicas e abordando a incerteza subjacente à seleção de livros e à compreensão dos outros.

Todos os conteúdos de autoria editorial do Portal Assobiar podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que deem os devidos créditos.

REDES SOCIAIS

INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETTER