Megan Maxwell é uma escritora espanhola reconhecida com mais de 3 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Filha de mãe espanhola e pai americano, ela publicou vários romances, traduzidos em todo o mundo, e é conhecida por seus personagens femininos fortes e independentes. Seus livros são conhecidos por serem emocionantes, divertidos e envolventes. Ganhou o Prêmio Internacional Seseña de Novela Romântica em 2010 e o Prêmio Dama de Clubromantica.com em 2010, 2011 e 2012.
Hoje, quero escrever um pouco sobre um dos livros que é o primeiro da trilogia Peça-me O Que Quiser e assim, que eu esteja lembrada, esse é o primeiro livro de romance erótico que leio até o final e gosto muito e no decorrer da escrita deixo as pistas do porquê gostei tanto. O livro conta a história de Judith Flores, uma secretária espanhola, e seu chefe, Eric Zimmerman, um alemão muito sério e de olhos azuis intensos e muito sexies. Eric, herda várias empresas de seu pai, então começa a fazer algumas visitas em várias das suas filiais em outro país para conhecer as empresas e o ramo trabalhista que atuam, numa dessas visitas, ele conhece Judith no elevador, ocorre ali um interesse mútuo em tentar descobrir quem é cada um. Eric tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Judith e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. E, mesmo sabendo que está se metendo numa situação arriscada, pois Eric é também seu chefe, a ideia de estar ao lado desse homem é irresistível. Com ele, a jovem viverá experiências sexuais até então inimagináveis, em um universo de fantasias eróticas pouco convencionais, mas o mais legal é que não está presente (pelo menos não nesse primeiro da trilogia, ainda não li os outros), aquele sadomasoquismo, aquela submissão da mulher e que a torna um objeto, fonte de prazer apenas para o homem. O que Eric faz com Judith é sempre consensual e quando ela discorda de fazer algo, o mesmo não insiste. Conciliando sexo e romantismo na medida exata, Peça-me O Que Quiser, é uma história de amor e tesão cheia de encontros e desencontros, na qual os jogos eróticos, o voyeurismo e o desejo de ultrapassar todos os limites do prazer são as peças principais desse livro.
A ideia é ler com uma mente aberta e despida de todo senso de moralismo, a escrita não é das melhores, mas a história te prende e os capítulos curtos fazem você devorar o livro muito rápido. Tem um tempero latino e a abordagem é excitante, importante informar que essa leitura não é recomendada para menores de 18 anos pelo conteúdo sexual. Ah, e vale dizer que o livro realmente é para quem gosta ou quer tentar algo de literatura adulta, não adianta ler esperando suspense e ação, ou um drama digno do Nicholas Sparks, o foco aqui é outro, então pense nisso antes de embarcar nessa leitura, eu digo que vale a pena e é até saudável para quem sabe aumentar sua libido ou de repente, sair da mesmice do seu gosto literário.
Graduada em Serviço Social pela UNISULMA e faço parte do Clube de Livros Mulheres em Prosa que é um grupo de leitura de mulheres que leem mulheres e que se reúnem uma vez a cada dois meses para debater uma obra de autoria feminina. Nessa coluna, pretendo compartilhar com vocês sobre as leituras que já fiz e quais as percepções que elas me trouxeram. Uma frase que gosto muito é da Rosa Luxemburgo que diz o seguinte: ”Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem”.
