O País das Mulheres – Gioconda Belli

Gioconda Belli é uma poetisa da Nicarágua, atualmente com 73 anos e ativista  do movimento feminista em seu país. Nos anos 70, ela lutou contra a ditadura em seu  país, o que a fez largar uma carreira como alta executiva em uma multinacional e  dedicar-se às causas humanitárias. Seus primeiros poemas foram sobre a revolução na  Nicarágua e as péssimas condições de vida de seus habitantes e, depois, evoluíram para  tratar da questão da feminilidade. 

Em seu livro O País das Mulheres, a história começa com o atentado à vida da  presidenta de Fáguas, um país fictício latino americano governado exclusivamente por  mulheres, após séculos de governos corruptos e masculinos. À primeira vista tudo parece deveras absurdo no governo do PEE (Partido da Esquerda  Erótica), porém com o passar dos capítulos, que se alternam entre as memórias da  presidenta Viviana e das demais personagens, suas aliadas, membros da oposição e até  de um humilde vendedor de raspadinhas, José de la Aritmética, somos levados a pensar  profundamente sobre a posição das mulheres na vida privada, pública e política, em  questões de maternidade, mercado de trabalho, violência doméstica, entre outros. 

O livro se vende como uma utopia, mas não necessariamente onde as mulheres  “comandam” os homens, ele também se propõe a duas funções – divertir e levar à  reflexão – e cumpre ambas com maestria.

Por Andrelva Sousa

Andrelva Sousa
Andrelva Sousa

Graduada em Serviço Social pela UNISULMA e faço parte do Clube de Livros Mulheres em Prosa que é um grupo de leitura de mulheres que leem mulheres e que se reúnem uma vez a cada dois meses para debater uma obra de autoria feminina. Nessa coluna, pretendo compartilhar com vocês sobre as leituras que já fiz e quais as percepções que elas me trouxeram. Uma frase que gosto muito é da Rosa Luxemburgo que diz o seguinte: ”Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem”.

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Além das crises: as individualidades na infância atípica

No texto, a autora, também professora, aborda a necessidade de enxergar as crianças além de seus diagnósticos, especialmente quando se trata de autismo. Ela destaca a importância de não limitar as crianças por rótulos, mas sim de proporcionar experiências que promovam seu desenvolvimento integral, incluindo habilidades sociais e emocionais.

Achados na feira de troca de livros

Participar da feira de trocas de livros da biblioteca se torna um ritual cativante para a narradora, que descreve sua experiência de escolher cuidadosamente livros para trocar, encontrar preciosidades nas mesas de troca e se encantar com os achados literários. A atmosfera acolhedora e a oportunidade de renovar sua coleção de forma econômica e sustentável tornam essa experiência inesquecível.

HQ de Fato – Luto é um lugar que não se vê e O Novo Sempre Vem

HQ de Fato apresenta duas histórias impactantes. “Luto é um lugar que não se vê” aborda o cuidado amoroso em meio ao luto, enquanto “O Novo Sempre Vem” narra a vida e inspirações de Vannick Belchior, filha do icônico cantor Belchior. Ambas as narrativas oferecem uma visão sensível e reflexiva sobre amor, perda e herança emocional.

Uma crônica sobre uma crônica

O autor relembra uma crônica de Paulo Mendes Campos que oferece orientações para uma jovem de 15 anos, conectando-a à sua própria experiência ao escrever uma carta não enviada para si mesma. Discute a complexidade das relações humanas e da experiência de leitura, revelando sua preferência por obras específicas e abordando a incerteza subjacente à seleção de livros e à compreensão dos outros.

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