O dia dos namorados é uma data que foi criada para estimular a economia, as floriculturas comemoram e os restaurantes já não tem mais vagas, contudo não podemos negar que também é uma época de muito romance. A história que vou contar hoje ouvi faz alguns meses.
Estava dirigindo no bairro Maranhão Novo no finalzinho da tarde de uma sexta feira, quando recebi uma chamada e fui buscar um passageiro. Era um homem com um sorriso contagiante. Ele entrou, deu boa tarde e confirmou seu destino final. Estava indo buscar a amada para depois passearem pela Beira Rio e jantarem juntos.
O casal havia se reencontrado após vinte anos separados. Parece coisa de novela, mas ele jurou que era verdade e que dessa vez iriam viver felizes para sempre. Os anos passaram e hoje ele é contador e ela uma professora universitária. Conheceram-se no interior do Maranhão e tiveram que se separar porque as famílias os mandaram estudar em cidades diferentes e como naquela época não existia rede social e telefone era muito difícil, acabaram perdendo o contato.
Foram anos de espera e de paixão retraída. O jovem apaixonado me falou que durante esse tempo até conheceu outras mulheres, mas nunca esqueceu sua primeira namorada e que por isso não quis casar, contou ainda que a namorada também não construiu outra família.
Já estão em um relacionamento sério desde fevereiro e pretendem morar juntos logo, logo. “Nós dois somos livres, não podemos perder tempo”, disse antes que a motorista pudesse fazer qualquer comentário.
Nesse dia dei sorte. Peguei um trânsito bem lento na BR 010 e por isso consegui ouvir a história toda. Fiquei curiosa e perguntei como que foi o reencontro, ele brincou :“Foi o destino”! E, claro, eu acreditei. Ele explicou que foi em uma reunião entre amigos, que os dois se viram e começaram a conversar.
Foi uma corrida de aproximadamente 20 minutos. Confesso que fiquei encantada com tanto amor. Não conheci a moça porque eles iriam sair no carro dela, mas deu vontade de dar um forte abraço neles e desejar sorte aos pombinhos.
Jornalista por formação e curiosa por vocação! Nas horas vagas dirijo por aplicativo nas ruas de Imperatriz, onde ouço todo tipo de história e as transformo em texto. Às histórias são reais com uma leve liberdade poética, se você gosta de imaginar venha comigo nessa!
