Era uma quarta-feira de manhã, recebi uma chamada para buscar um casal, o destino era o Templo Central da Assembleia de Deus, local onde acontecem os casamentos civis em Imperatriz. A noiva linda, o noivo empolgado, como todo casal que está prestes á iniciar a vida juntos devem estar.
Como tínhamos que manter os cuidados com o coronavírus, os casamentos aconteciam sem convidados, somente noivos e padrinhos. No percurso perguntei como os enamorados tinham se conhecido, a resposta foi duvidosa: “Pelo PIX”, disse o noivo.
Pensei, será um novo site de relacionamentos e eu não estou sabendo, logo perguntei: – “Oxe, mas o PIX não é para transferir dinheiro?”
A noiva com mais romantismo respondeu:
– Sim, foi esse pix mesmo. Meu noivo fez uma transferência enganado para minha conta, no valor de R$: 200,00, como deu para visualizar a chave dele, devolvi na hora, informando o engano no espaço da descrição. Ele tornou a responder agradecendo a honestidade e me enviando R$: 50,00 de brinde. Devolvi de novo, dizendo que não queria o dinheiro dele, que era minha obrigação devolver o que não era meu.
A noiva contou que continuaram conversando pelo sistema, mas enviando pequenos valores: “Afinal, com dinheiro não se brinca”, disse ela. Depois de quase um dia nessa conversa mole, resolveram ir para o outro aplicativo, agora um específico de mensagens.
O noivo disse que imaginou que a moça não fosse o estilo dele, mas queria uma amizade com uma pessoa sincera. Quando foram para o WhatsApp, ele se apaixonou pelo que viu, a noiva contou que o sentimento foi recíproco. Dai por diante foi tudo muito rápido.
Se viram pessoalmente, começaram a namorar e seis meses depois já estavam casando.
Eu pense: Misericórdia, Santo Antônio!
Os noivos desembarcaram e foram assinar os papéis, eles juraram que essa é uma história real e a motorista acredita. Minha torcida é que o casamento dure mais tempo que a velocidade do PIX.