O Centro  Pe. Josimo é da Região Tocantina do MA e desde 2003 homenageia defensores de direitos humanos com ‘Medalha 18 de janeiro’

  Desde 2003 o  Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos pe. Josimo, localizado em Imperatriz, homenageia personalidades que contribuíram com a defesa dos direitos humanos na Região Tocantina. Em 2023, a ‘Medalha 18 de janeiro’, símbolo da homenagem, será entregue a Flávio Dino (PSB).

         Segundo a nota divulgada publicamente, “a honraria [a Flávio Dino] se dá em reconhecimento pelo serviço prestado enquanto político e cidadão, na defesa da democracia e no combate intransigente à extrema direita, atuante na gestão federal de 2018 a 2022”. A instituição tem como práxis realizar a cerimônia de entrega sempre no dia 18 de janeiro, porém, excepcionalmente no próximo ano, a solenidade terá uma mudança de data devido à agenda do agora Ministro da Justiça, Flávio Dino. 

          A medalha intitulada de “18 de Janeiro dos Direitos Humanos” é um símbolo de luta histórica da entidade, que neste mês completa 20 anos de grandes feitos nesta região. “Essa é a 18ª Medalha de reconhecimento que o Centro de Direitos Humanos Pe.Josimo entrega como forma de agradecimento a uma personalidade que  se destacou no transcorrer do ano em curso,  na Defesa dos Direitos Humanos”, informou Conceição Amorim, coordenadora geral da instituição. 

           Ela ressalta ainda que este ano o critério de escolha foi homenagear uma personalidade que tenha se destacado na defesa da democracia e no combate efetivo às forças de extrema direita, e por unanimidade a militância do centro reconheceu a personificação dessa luta na pessoa do Flávio Dino. 

      “Ao criarmos essa honraria objetivamos valorizar as ações desenvolvidas por profissionais e militantes das causas sociais, na garantia dos direitos humanos. Tal reconhecimento pretende visibilizar ações de cidadãs e cidadãos do estado do Maranhão que impactam na vida das comunidades,  setores mais vulneráveis, e para o conjunto da nossa vida em sociedade”, pontuou a coordenadora.

Quem é Flávio Dino?

Natural de São Luís, Flávio Dino, de 58 anos, já exerceu a profissão de Advogado e professor de Direito da Universidade Federal do Maranhão desde 1993 e na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), de 2002 a 2006. Possui mestrado em Direito público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Sua carreira política iniciou em 2006 quando foi eleito a Deputado Federal e cumpriu o mandato de 2007 a 2011. Em 2014 foi eleito para ser governador do Maranhão e cumpriu por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado nas eleições deste ano. 

Após ser eleito como Senador, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na manhã de sexta-feira (9/12), Flávio Dino como ministro da Justiça do governo petista. O ex-governador e senador eleito pelo Maranhão comandará a pasta a partir de 1º de janeiro de 2023.

Sobre o Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo

O Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo surgiu há 18 anos e a cada ano homenageia pessoas que se destacam na defesa dos direitos humanos no estado do Maranhão. A instituição iniciou sua trajetória em 1995 no dia 6 de janeiro quando membros da sociedade civil se reuniram para organizar um movimento por Imperatriz, devido ao descaso da administração pública municipal da época. Após 12 dias de protesto com ocupação em frente à prefeitura municipal (exatamente no dia 18 de janeiro de 1995), a manifestação cessou e o Estado interviu a favor dos manifestantes.

Mesmo depois do protesto, os manifestantes sentiram a necessidade de se manterem organizados, e deram o nome na época de “Movimento por Imperatriz” – nome atribuído à organização e depois fundaram e registraram o “Movimento Fagulha” no dia 2 de maio de 1995.

O contexto histórico da instituição, afirma que a o Centro só foi registrado no dia 22 de fevereiro de 1996, após a morte do professor de educação física, Edvan Monteiro Nogueira, vítima de assalto seguido de espancamento, que foi a óbito por não receber atendimento médico dentro de um hospital credenciado ao SUS. 

Como forma de seguir com um processo de reivindicação e exigir justiça, foi criado o “Comitê Permanente Contra a Violência e a Negligência Médica” e estiveram presentes a ativista Conceição Amorim, Guilherme Pessoa, Ana Paula Lixa, Isabel Farias e familiares das vítimas. A união dessas duas entidades aconteceu em 2002. Após deliberações, o nome escolhido foi “Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo”, e permanece até hoje.

Daniela Souza

Jornalista especializada em Assessoria de Comunicação Organizacional e Institucional. Já vivenciou experiências profissionais nas áreas de publicidade e propaganda, produção de documentários, radiojornalismo, assessoria política, repórter do site jornal Correio de Imperatriz e social mídia. Boa parte de suas experiências profissionais foram em assessorias de comunicação institucional de ONGs, com ativismo social voltado para a defesa de direitos humanos, justiça socioambiental e expansão da agroecologia na região do bico do Papagaio; esses trabalhos ocorreram nas cidades de Açailândia, Imperatriz (MA) e Augustinópolis (TO).