Entrevista com a fotógrafa Rosana Barros:  “Para mim era um processo difícil. Eles [pássaros] são rápidos”

Rosana Barros, desde que se apaixonou pela fotografia, há 10 anos, passou a observar a natureza com olhar e ouvidos atentos.

Rosana Barros. Ilustração: Idayane Ferreira

É engraçado e curioso pensar que há 10 anos os celulares smartphones como vemos tão populares hoje em dia não eram tão comuns, e quem tinha um celular desses era considerado “rico”. Outra curiosidade – mas nem tanto assim – são as fotografias e os clicks de algum acontecimento em especial, pois não chegavam às redações de jornais com tanta facilidade como é atualmente. As câmeras fotográficas eram a grande sensação e precisava ter fotógrafo nas redações mesmo sendo um veículo pequeno. 

Quem tem acima de 25 anos pôde assistir ao longo dessa geração 2000 a popularização das câmeras digitais, dos smartphones, da velocidade com que um fato é noticiado, além de que fotos e vídeos continuam – agora mais do que nunca – a valer mais que mil palavras.  A pergunta que fica é: com smartphones tão potentes e populares onde estão os jornalistas e/ou fotógrafos que dedicaram “uma vida” a estudar fotografia? “onde vivem? o que comem? hoje no Globo Repórter”. Brincadeiras a parte, fui atrás de entrevistar uma jornalista que se apaixonou pela fotografia 10 anos atrás e que se reinventou ao longo desse tempo. 

Rosana Barros, 33 anos, residente em Imperatriz e trabalha na Universidade Federal do Maranhão (UFMA, campus Centro) no curso de jornalismo, é nossa convidada para integrar o time de fotógrafos desse especial. Graduou-se em História pela então Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e em Comunicação Social- Jornalismo na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Rosana não ficou para trás com as mudanças tecnológicas e se reinventou em suas profissões. De estudante de jornalismo, passou a estudar fotografia, comprou sua primeira câmera, abriu um canal de divulgação do seu trabalho ao lado de um colega de profissão chamado Imperatriz Fotos, estudou para fazer o concurso de técnica de fotografia na UFMA de São Luís. Passou. Depois de três anos na capital maranhense, volta a morar em Imperatriz. Nessa entrevista ela falou, principalmente, de um acervo fotográfico que desenvolve desde que possui uma câmera fotográfica profissional. 

A fotografia te ensina a observar. Te ensina muito a observar. Principalmente quem quer fotografar pássaros, tem que ser uma pessoa altamente observadora. Porque às vezes o pássaro tá quietinho no cantinho dele, entre as copas das árvores e aí um simples movimento que ele fez, eu consigo observar. Também me ensina a escutar. Alguns pássaros, eu já identifico, simplesmente pelo som do canto. Eu digo ‘Ah! vou tentar encontrar de onde vem esse som!’ então dali eu faço meu treino de onde eu vou encontrá-lo. Mas isso não serve somente para fotografia da natureza, a fotografia ela te ensina a observar o geral. 

Me fala um pouco da sua vida e como você se interessou pela fotografia? 

Me apaixonei pela fotografia quando eu entrei para o curso de jornalismo. Eu já cursava o curso de História, na época podia fazer duas graduações ao mesmo tempo, públicas, era permitido por Lei, hoje já não é. E aí eu entrei em jornalismo depois de um ano que eu já estava no curso de história. A minha preocupação era: eu tinha que fazer duas monografias muito próximas. E como é que seria esse objeto e no meio do curso de jornalismo? Eu me apaixonei pela fotografia e usei a fotografia como objeto de estudo para minhas duas monografias.

Só que na UEMA [Universidade Estadual do Maranhão] eu cursei História e era licenciatura. Então para o curso de História, a monografia era um projeto pedagógico junto com duas colegas que era permitido na universidade. No curso de jornalismo fiz um produto que foi um livro-reportagem sobre a Procissão de Santa Teresa D’ávila. Fiz a cobertura durante três anos para o livro porque eu fiz a disciplina de elaboração de projeto [disciplina que faz o projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, TCC, conhecido como monografia] muito cedo. Eu fiz ela no quinto período porque ela não tinha pré-requisito e eu já estava na metade do curso e tinha vaga no meu horário. Eu entrei lá e decidi fazer o projeto bem mais cedo.

Mas ali ainda estava assim nos meus primeiros passos da fotografia. Depois disso, com esse conhecimento que eu adquiri, tanto por gostar de fotografar, como por ter feito duas duas monografias que envolvesse a fotografia, prestei o concurso da UFMA para técnico de foto e passei em terceiro lugar. Nem tinha esperança de ser chamada porque era só uma vaga, mas eu fui chamada um ano e meio depois para assumir. 

Desde então, não tenho trabalhado tanto com fotografia apesar da base do concurso ser a fotografia, mas o jornalismo é feito de desafios, né!? Às vezes você acha que vai para um caminho e vai para outros também durante a graduação. Eu abri junto com outro colega uma empresa de fotografia que foi um blog jornalístico chamado Imperatriz Fotos, era uma empresa registrada como Microempreendedor Individual (MEI), a gente fazia nota fiscal [a cada novo contrato].

Com o Imperatriz Fotos a gente conseguia fazer coberturas de eventos, fotojornalismo aqui na cidade. A gente trabalhou tanto no Salimp [Salão do Livro de Imperatriz], na Fecoimp [Feira do Comércio de Imperatriz]; na Expoimp (Exposição de Imperatriz- evento Agropecuário). Isso fora outros eventos culturais. Nessa época a gente viajou para o Sesc lá em São Luís para fazer coberturas e também algumas fotografias que a gente chama de “fotografias sociais”, que são de aniversários e casamentos. Mas depois eu acabei saindo dessa área, e assumi minha vaga de concurso na UFMA.

Como tu se define atualmente? Quem é a Rosana depois de ter vivenciado tantos eventos importantes? 

Atualmente eu estou fazendo outro desafio que é o Mestrado em Comunicação [UFMA de Imperatriz]. O meu objeto de pesquisa não poderia ser diferente, tinha que ser alguma coisa relacionada à fotografia e aí eu resolvi pesquisar sobre os fotos Jornalistas do Maranhão.  Como é que estão depois de tantas mudanças ocorridas depois da internet? Como é que estão esses profissionais? Estou com esse desafio no Mestrado em Comunicação.

Com esse desafio do mestrado e junto com a pandemia da Covid-19 acho que eu ainda estou me redescobrindo para saber ‘quem eu sou’ porque foram tantos desafios e tantas coisas que eu nunca tinha passado. Por exemplo, a ansiedade, algumas coisas relacionadas assim. Confesso que estou me redescobrindo, mas eu estou plena, estou bem, me sinto bem. Percebi que eu amo o que eu faço e que está relacionada aos alunos que eu ajudo, auxílio os professores na formação dos novos jornalistas e isso para mim é muito divertido. Na verdade. Eu digo que eu sou paga para me divertir com os alunos, a custo dos alunos e do sofrimento deles, porque eles entram no laboratório tão nervosos. E aí você se vê assim: ‘como é que eu era nessa época?’. E aí eu sempre tento acalmá-los. Tem hora que eu sou psicóloga, tem hora que eu sou palhaça. E aí tem hora que eu tenho que falar sério. Mas é bem divertido e bem dinâmico.

Quais os temas tu já fotografou?

Ultimamente, eu entrevistei 18 fotógrafos do nosso estado. E um deles foi um senhorzinho e ele falava assim ‘quando você tem a veia pra fotojornalismo no sangue, você já se identifica lá na graduação. É lá que você vai ver que você tem essa veia pra fotojornalismo’. Mas eu percebi que eu tinha essa veia antes de fazer a disciplina de fotojornalismo. Porque eu já ficava procurando livros, ficava procurando coisas de fotografia atrás de material para estudar porque para mim, na verdade, não era o estudo, é uma diversão.

E dessa veia jornalística, no início fotografava tudo. Saia para fotografar as feiras, saia para fotografar na rua, gostava de fotografar no teatro, eu amava. Eu acho que o teatro foi o que mais me ensinou sobre a iluminação, porque cada segundo tinha que mudar ali uma luz da foto. Então foi daí que eu comecei e aprendi a fotografar a cultura, e também eventos religiosos e tudo que fosse relacionado a tentar passar uma informação através de uma imagem. Depois que foi o que estou abraçando atualmente, que são as fotografias de natureza. Foi uma coisa meio que um processo natural. Porque quando eu fotografo natureza é quando eu estou totalmente relaxada. Apesar do desafio que é. Fotografar a natureza não é tão fácil.

E tem algum tema que tu tem vontade de fotografar?

Temas mais específicos, acho que eu tinha mais vontade, talvez de vivenciar algumas culturas. Eu acho bem interessante, mas sem ser invasiva. O Sebastião Salgado – que é um grande fotógrafo brasileiro- ele sempre citava que ele saía para fotografar, e pedia licença a tudo. Um dia ele foi fotografar uma tartaruga e ele disse que passou o dia inteirinho para conseguir fotografar ela. Porque ele estava meio que no ritmo dela. E deve ser desse jeito. Porque assim como ele tinha que pedir licença para as pessoas, ele percebeu que precisava pedir autorização [licença] para fotografar a tartaruga. E aí ele ficava naquele movimento com ela o dia inteiro para conseguir fazer as imagens e é dessa forma.

Eu acredito que todas as pessoas que vão fotografar deve ter esse mesmo cuidado. Não só chegar apontando uma câmera, que às vezes a gente é até intimidadora. Mas fazer parte daquele ciclo, até para você compreender mais. Às vezes é bom você observar, tem uma oficina [minicurso] vi isso. Às vezes você quer fotografar muito com a lente, e fotografa pouco com os olhos e então às vezes é bom também observar.

Explica mais dessa sua nova personalidade que tu está se permitindo redescobrir a partir das fotografias sobre a natureza.

Talvez até por um processo, na minha primeira câmera que eu tive muita dificuldade para conseguir comprar, eu perdi ela através de um assalto. Assalto a mão armada. Talvez por ter passado por esse processo de violência, eu tive um pouco de dificuldade de voltar a fotografar na rua relaxada e para você fotografar (para você fazer boas fotos!), você tem que estar muito tranquilo. Para você não ter que se preocupar com o entorno e sim com aquilo que você vai observar.

E aí meus avós, minha família sempre foram mais para o campo. Meu pai nasceu numa fazenda com o auxílio de uma parteira. Então, sempre desde criança eu tive relação de ir para esse local que ele nasceu. Meu pai tem um pedacinho de terra lá no interior do Maranhão. E lá foi que eu comecei a sair com a minha câmera, eu saí com a câmera fotografando no quintal. É tão calmo, tão tranquilo que os pássaros você está deitada lá na rede e os pássaros estão vindo pousar numa árvore do seu lado e cantar para você ali, e aí eu comecei a fotografá-los. A primeira câmera que eu peguei eu já consegui fotografar o pássaro. Eu fiquei toda animada.

Para mim era um processo difícil. Eles [pássaros] são rápidos, né? Assim como a tartaruga que o Sebastião Salgado pede licença, eu digo também que os pássaros é que me permitem fotografá-los, eles têm um olhar bem mais apurado do que o meu. Eles me veem antes. Alguns quando eu estou chegando, eles pousam e digo logo assim: “ele quer ser fotografado”; já outros antes de eu chegar  já voam. E aí eu comecei a organizar esse arquivo. Fui separando, organizando, às vezes eu encontro a mesma espécie que eu já fotografei, mas aí eu disse ‘já tem um registro dessa espécie que a princípio eu só queria registrar as espécie, mas eu vou tentar fazer uma foto melhor’. E assim eu vou fotografando. Eu já tenho mais ou menos catalogado da região e de outras regiões também, mas de 100 espécies de pássaros. Um grande volume de fotografia. 

Eu já fiz algumas, por exemplo, quando eu ia fotografar casamentos. Esses eventos que eram próximos da natureza. Eu já estava ali e eu via um pássaro – se desse tempo, eu tirava a foto do pássaro. Depois eu voltava para a obrigação. Quando eu saio para passarinhar – passarinhar só com a câmera – Jamais baladeira (estilingue). Porque se eu ver alguma gaiola por lá ou baladeira… eu já digo logo é proibido baladeira aqui. Quando as crianças chegam eu digo logo que os passarinhos são protegidos. Aí eu saio para fotografar, mas às vezes eu faço fotografias das borboletas ou eu tô passando e tem um caminho de formigas e ai fotografo. 

Eu me perco também naquele momento de observar as abelhas escolhendo o melzinho. Eu não tenho só registro de pássaros, apesar de ser o principal. Às vezes eu saio não encontro espécie nenhuma de pássaro, às vezes eu saio e encontro 10 porque assim eu faço questão de fotografar pássaros livres e pássaros no ambiente e no habitat dele o que é mais difícil. Então eu lhe digo: eu já levei esporada de marimbondo. Já fiquei no sol. Já fiquei sentada na beira de uma lagoa 4…, 5 horas seguidas. Já tentei fotografar um pássaro porque vi que era raro e eu ainda não tinha registro algum daquela espécie, mas cheguei lá tinha 200 cabeças de gado. Tinha um monte de vaca e as vacas saíram correndo na minha frente. Eu ia morrendo de medo. Então eu já passei muitas aventuras tentando fazer essas fotos. 

O que a fotografia representa para ti?

Que pergunta ampla e difícil! porque representa muita coisa pra mim. Posso dizer que a fotografia entrou na minha vida para me dar um rumo. Porque eu entrei em duas graduações muito jovem, eu não sabia exatamente o que eu ia fazer, como eu queria fazer e ela se tornou não só um elemento de pesquisa, como também foi através dela que eu consegui um trabalho. O concurso da UFMA eu entrei porque gosto e simplesmente porque gostava de ler sobre aquele material. Me divertindo, não estava estudando, eu estava me divertindo e ela foi um norte pra mim. Mas a fotografia para mim, ela conta histórias. Mesmo se eu estou lá fotografando pássaros, eu estou registrando que naquela época, naquele dia, aquela ave estava passando por ali. Elas são migratórias. Então dificilmente vou encontrar a mesma espécie no mesmo lugar, porque cada vez que eu vou lá [no sítio da família], às vezes eu demoro ir, mas quando eu vou, encontro espécies diferentes, porque vai depender do período do ano. 

Eu já encontrei lá o pássaro galo de campina que era um pássaro que eu nunca tinha encontrado lá. Então as últimas vezes que eu fui, eu também não reencontrei mais, mas eu tenho aquele registro de que aquela ave já fez um processo migratório naquela região, então a fotografia relata histórias, mesmo que não pareça que está contando.

E quais as características que adquiriu enquanto profissional a partir da fotografia?

A fotografia te ensina a observar. Te ensina muito a observar. Principalmente quem quer fotografar pássaros, tem que ser uma pessoa altamente observadora. Porque às vezes, o pássaro tá quietinho no cantinho dele, entre as copas das árvores e aí um simples movimento que ele fez, eu consigo observar. Também me ensina a escutar. Alguns pássaros, eu já identifico, simplesmente pelo som do canto. Eu digo ‘Ah! vou tentar encontrar de onde vem esse som!’ então dali eu faço meu treino de onde eu vou encontrá-lo. Mas isso não serve somente para fotografia da natureza, a fotografia ela te ensina a observar o geral. 

Às vezes para alguns é uma simples parede, um fotógrafo já pensa assim: ‘Nossa, eu poderia fazer uma fotografia assim e assado que vai ficar bem mais interessante’. Então ela abre portas para você conseguir observar o mundo de uma outra forma. De uma forma que seria quadros. Porque a fotografia ela congela aquele fragmento do tempo, baseado na visão do ator, que nesse caso, é o fotógrafo. Então às vezes eu vou fazer uma foto e você vai fazer uma foto, mas nós duas vamos ter percepções diferentes por conta de olhares diferentes, de pensamentos diferentes, simplesmente observado. Talvez tenha um enquadramento e foque mais no céu. Vamos supor que nós vamos fotografar o rio, cada um tem um gosto. Uma preferência. Talvez um foque nas águas. Outro nas sombras que o pôr-do-sol tá fazendo na água. Então cada pessoa vai ter um olhar único e isso é fotografia. 

Quanto tempo de convivência você tem com a fotografia?

Comecei a fotografar na graduação. Na metade da graduação e foi quando eu fui aprender a falar, mas eu até me recordo depois pegando aqueles arquivos de foto bem antigo, eu tinha uma câmera cyber shot de 5 megapixel e saia fotografando tudo, tudo, tudo e isso me faz pensar que eu sempre gostei de registrar, apesar de na época não sabia utilizar tanto o equipamento. Acredito que já tenha aí mais de 10 anos que eu faço registros fotográficos. Infelizmente, no meio desses percursos, a fotografia digital, ela é muito boa, mas ela também é muito ruim num quesito: o meu HD, o primeiro roubaram. E aí eu perdi todo um acervo fotográfico que eu tinha e é o meu último HD agora deu problema, não abre mais o arquivo. Tentei consertar e não consegui. Apesar de tentar fazer alguns backups. 

Que dicas você dá para quem quer estudar e vivenciar a fotografia?

Às vezes, você fica pensando: ‘Ah, eu não tenho aquele equipamento maravilhoso àquela câmera’, até porque equipamento fotográfico com a altura do dólar tá impossível, né? As câmeras DSLR, elas inclusive, basicamente, é quase impossível adquiri-las de tão caras que elas ficaram. Mas a gente tem um aparelho na mão 24 horas  praticamente, que é o celular. E cada vez que o celular sai um novo modelo, as empresas tentam melhorá-los, principalmente a parte de câmera fotográfica. E as redes sociais, elas estão aí justamente para você mostrar o seu olhar. Você não precisa ter um modelo de celular maravilhoso, você precisa ter uma observação maravilhosa e começar a prestar atenção e pensar: ‘Se eu fosse fazer aqui uma fotografia desse ambiente, como eu poderia fazer?’

Caso queira realizar processos de edição nas fotos, você pode baixar aplicativos no próprio celular e então o equipamento ele é dificilmente um processo limitante para quem quer registrar alguma coisa. Você começa daquilo que tem o mais perto, que é talvez a fotografia de celular.

Conte um pouco mais do seu processo ao fotografar a natureza. 

Quando você sai para a natureza é uma coisa fantástica, porque ali é um momento de você ouvi-la, você precisa ouvir o vento, você precisa sentir aquele sol porque para fotografar precisa ter boas luzes. Porque quando é bem cedinho 6 horas da manhã, apesar dos pássaros já estarem ali avançados, a câmera ainda não é capaz de pegar tão bem o contraste de cores das aves. E aí eu saio normalmente umas 7:30 ou 8 horas, ou no finalzinho da tarde. Então até nisso eu aprendo com os pássaros, que tem um momento de você passear e tem um momento de você descansar e eles ficam lá debaixo da árvore.

Você às vezes, não escuta nenhum cantar, eles estão todos quietinhos, caladinhos e assim quando eu saio para fotografar são sempre novas espécies, às vezes eu encontro dois, três pássaros da mesma espécie. Talvez uns mais especiais: tem duas corujas que elas sempre estão lá bem na frente da sede da fazenda. Elas ficam numa área e às vezes, elas estão lá no mesmo galhinho. As duas, é muito fofas ou então também às vezes, vou lá e tem um açude perto e eu vou lá e tá cheio de macaquinhos – aqueles macaco-prego e eles são muito curiosos.

É muito divertido a relação deles te observando e você sendo observada ao mesmo tempo. É bem divertido e fotografar a natureza é simplesmente maravilhoso, porque você vai entendendo mais as coisas de Deus e como é que ele recoloca aquilo ali, a natureza assim de uma forma tão perfeita. 

Confira uma galeria de fotos da Rosana Barros:

Daniela Souza

Jornalista especializada em Assessoria de Comunicação Organizacional e Institucional. Já vivenciou experiências profissionais nas áreas de publicidade e propaganda, produção de documentários, radiojornalismo, assessoria política, repórter do site jornal Correio de Imperatriz e social mídia. Boa parte de suas experiências profissionais foram em assessorias de comunicação institucional de ONGs, com ativismo social voltado para a defesa de direitos humanos, justiça socioambiental e expansão da agroecologia na região do bico do Papagaio; esses trabalhos ocorreram nas cidades de Açailândia, Imperatriz (MA) e Augustinópolis (TO).

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