Quando eu resolvi começar a ler livros de terror, eu não conhecia ao certo os estilos que esse tema proporcionava. Eu conhecia um pouco de Stephen King, e isso era muito bom, aguçava minha imaginação ler histórias como “O nevoeiro”, onde pessoas ficavam presas dentro de um supermercado, uma fina camada de vidro separava-os de criaturas monstruosas no nevoeiro.
Ao me aprofundar cada vez mais neste mundo incrível, o terror, descobri outros grandes nomes que influenciaram e foram fonte de inspiração para grandes autores. King teve ajuda de Lovecraft e as revistas Pulp e chamadas “Weird tales” – ‘Contos estranhos’. E eu lembro que resolvi procurar sobre as obras de Howard Phillips Lovecraft.
O primeiro livro que comprei foi um com uma capa simples que evoca a curiosidade. Era um garoto com uma bicicleta, parado, observando uma única casa no alto de um morro, com as luzes acessas. Isso tudo numa noite de luar e com silhuetas de prédios da cidade ao fundo. O que afinal aquele garoto fazia naquela hora, naquela região, encarando aquela casa no alto? E quem estava lá? As perguntas mais uma vez a curiosidade movem o leitor. Nesse livro de contos, me deparei com um chamado simplesmente de “Ele”.
Um conto curto e arrebatador, escrito em agosto de 1925, foi publicado pela primeira vez na Weird Tales, a revista de contos esquisitos da época, em setembro de 1926. “Procurando por vestígios históricos dos séculos passados na ilha de Manhattan, em Nova York, um poeta encontra um necromante vestido com roupas do século XVIII, que se oferece para mostrar-lhe os segredos e as regiões esquecidas de Greewich Village, até a sua propriedade ancestral. Lá, o necromante apresenta-lhe visões do passado e do futuro.” Ok, essa é a sinopse do livro na Amazon.
Mas convido vocês a irem além. Sentirem o que eu senti ao ler. Um jovem já entediado com a vida e a cidade, resolver explora-la sempre na parte da noite. Se você é um cara que gosta de sair por ai de madrugada, muito cuidado, pode encontrar esse ser, homem, vampiro, criatura, seja lá o que era.
Ele te convida para ir até a casa dele, pois sabe que você esta entediado de tudo. E lhe mostra através de sua janela, controlando raios, visões horrendas do passado e futuro? Cara, eu nesse momento estava lendo e tentando entender tudo que estava acontecendo ali. O final eu não darei spoiler mas é tão maluco, ou melhor “lovecraftiano”. Boa leitura e bons arrepios!
Sávio Cunha, um observador astuto do intricado mundo da arte, traz em sua essência uma paixão indomável pelas histórias de terror e suspense. Com uma mente inquieta e imaginativa, ele mergulha nas profundezas sombrias da psique humana, buscando desvendar os mistérios que habitam nas entrelinhas do medo e da tensão. Inspirado por ícones do gênero como Stephen King, H.P. Lovecraft, Raphael Montes e Rubens Francisco Lucchetti, Sávio tece narrativas que desafiam os limites do desconhecido. Em suas resenhas, ele não apenas entrelaça os fios do terror e do suspense, mas também explora os recantos mais obscuros da alma humana, revelando seus segredos mais sombrios e perturbadores.