Violência contra a mulher: Uma dor silenciosa

Você já presenciou algum tipo de violência contra mulheres? Você já se perguntou por quê? Qual é a causa disso? 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2017) globalmente, uma em cada três (35%) mulheres já sofreu violência física ou sexual, sendo praticada por parceiro íntimo ou não. 

A Declaração sobre a Eliminação da Violência Contra a Mulher, define a violência contra o gênero feminino como um ato de violência de gênero que resulta em agressão física ou sexual, bem como assédio psicológico e outras violências, incluindo ameaças, coerção ou privação arbitrária de liberdade. seja na vida pública ou  privada. 

Estudos têm demonstrado que a violência contra mulheres e meninas acontece em todo o mundo e em qualquer condição social. É um fenômeno global que não pode ser tratado como um problema comum. 

Os tipos de violências mais frequentes são atos de carcere privado,violencia sexual, psicológico, ameaça e agressão, abuso infantil, incesto, estupro, assédio sexual e violência doméstica.

Normalmente, aqueles que cometem violência contra o gênero feminino são da família extensa, vizinhos, conhecidos ou homens que estão em posições de poder e autoridade. 

Situações de violência desse tipo podem trazer consequências drásticas para as mulheres no nível individual, familiar e comunitário. As consequências podem ser, a saúde  mental afetada, depressão, suicídio ou qualquer tipo de vício (OMS-1997).

A violência contra a mulher tem resultados, causas e efeitos notáveis ​​no âmbito pessoal e social. A dependência financeira é uma causa significativa a ser observada: esse aspecto faz com que as mulheres dependam do seu cônjuge, colocando-as em uma condição inferior ao gênero masculino. Além disso, qualquer estado vulnerável, como deficiência física, prisão, falta de moradia e desemprego, torna as mulheres vítimas fáceis. 

É imperativo notar também que a violência contra as mulheres tem consequências graves. Entre os resultados estão a baixa autoestima e a depressão. Uma sequência de violência pode terminar em um ato suicida se tais casos não forem descobertos e contidos a tempo.

Assim, para combater e erradicar esta questão social, é necessário elaborar um plano pedagógico que abranja todos os sistemas educativos públicos e privados. O foco deve ser desenvolver projetos que tenham na sua  essência empoderar as mulheres em diversas áreas do conhecimento dando ainda suporte psicológico e jurídico pessoal e coletivo quando necessário. Outra dimensão pode ser que o governo elabore e aprove leis efetivas com participação popular que possam prevenir e combater a violência contra a mulher. A participação coletiva das mulheres nessas políticas é considerada uma questão fundamental, pois permite que as partes interessadas participem do processo de decisão e influenciem as decisões públicas.

Para a sociedade civil, é hora de se levantar, reivindicar e promover os direitos das mulheres, bem como denunciar qualquer tipo de abuso contra elas onde quer que ocorra. Ao aprimorar as políticas sociais, também é possível promover e apoiar mais igualdade de gênero na sociedade. Chega de violência contra a mulher.

Por Alfredo Monteiro

Alfredo Monteiro

Cearense. Missionário consagrado. Agente de transformação social. Graduado em serviço social e desenvolvimento sustentável

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