Tutorial para ler livros aleatoriamente

Para aqueles que, assim como eu, não costumam fazer listas de leituras, escolher livros de maneira aleatória é praticamente o modus operandi. Não existe nenhuma técnica ou preferência, e escolhemos às vezes pela gramatura, pelo título, pela autoria ou outro critério qualquer. Sempre é uma felicidade quando nos deixamos surpreender por um livro que inicialmente nem estava no nosso radar, principalmente quando descobrimos que ele é muito bom.

Atualmente, estou lendo a saga Harry Potter, de J.K. Rowling. É a primeira vez que mergulho em uma saga e sigo uma sequência de leitura. No entanto, para (não) variar, estou lendo concomitantemente outros livros que escolhi de forma aleatória. Com o primeiro livro (Harry Potter e a Pedra Filosofal) que terminei na semana passada, li “Bonsai”, de Alejandro Zambra, e, em seguida, “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho. Penso que valeria a pena um texto com dicas para ler livros simultaneamente, mas hoje trago um tutorial de como abordar de maneira aleatória um livro no leitor digital ou na estante.

Passo 1 – Abandone suas expectativas e esteja preparado para se surpreender.

Passo 2 – Use métodos simples para escolher seus livros. Feche os olhos e aponte para a estante, ou atribua números aos seus livros e use um gerador de números aleatórios. Isso adiciona um elemento de surpresa à escolha.

Passo 3 – Invista em diversidade literária e explore diferentes culturas, períodos históricos e estilos.

Passo 4 – Seja flexível e permita-se abandonar um livro do qual não está gostando. A melhor parte da leitura aleatória é a liberdade de explorar.

Passo 5 – Não hesite em escolher autores desconhecidos ou livros pouco conhecidos. Aventure-se fora da sua zona de conforto literário.

Como passo extra, eu diria para limpar e organizar sua estante de vez em quando, principalmente se tiver muitos livros. Aproveite para escolher aquele livro perdido que você nem lembrava que existia. Boa leitura!

Idayane Ferreira

“Jornalista com “abundância de ser feliz”, mais “da invencionática” do que “da informática”, acredita piamente que Manoel de Barros escreveu “O apanhador de desperdícios” baseando nela.“

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