Memórias afetivo-literárias: “Eu juro solenemente não fazer nada de bom”– Parte II

Creio que Harry Porter seja um dos personagens mais conhecidos da literatura contemporânea. Escrita pela britânica J.K Rowling, a saga é o maior best-seller da história, já foi traduzido para mais de 70 idiomas e já vendeu mais de 400 milhões de cópias em todo o mundo. É composta por sete romances de fantasia:  Harry Potter e a Pedra Filosofal (1997), Harry Potter e a Câmara Secreta (1998), Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (1999), Harry Potter e o Cálice de Fogo (2000), Harry Potter e a Ordem da Fênix (2003), Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2005) e Harry Potter e as Relíquias da Morte (2007). Em 2001, a saga de Harry Potter foi adaptada para o cinema, totalizando uma série com oito filmes, iniciado com Harry Potter e a Pedra Filosofal e finalizando 10 anos depois, com Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, lançado em 2011.

Marcos Tand: Aquele livro parecia me torturar a cada parágrafo. Ele reunia em suas folhas grossas e amareladas, diversas informações, conceitos, contextualizações e análises sobre os até então lançados livros da saga do garoto bruxo e seus amigos.

– Eu sabia que tu ia amar – A prima sorriu. Minha avó repreendeu-a quando descobriu a temática envolvendo magia da qual eu não tirava mais o nariz. Até hoje gosto bastante de livros, filmes e séries sobre assuntos do tipo, não importa se mais ou menos fantasiosos. Se eu gostar, já era. Mergulho de cabeça.

Fisgado e completamente apaixonado pelas aventuras na escola de magia, eu ainda não tinha lido nenhum livro da tal saga, muito menos visto nenhum dos filmes lançados. Não teve jeito, a prima precisou alugar os DVD’s. Me levou à uma sorveteria no fim de tarde, provavelmente a Zorzo, numa esquina próxima a Praça de Fátima. De lá, fomos ao lugar que me faria feliz pelo resto dessas e de outras férias que passei em Imperatriz.

– Boa noite, posso ajudar? – A moça da Angar Vídeo era muito simpática e nos ajudou a localizar os filmes. Mês de julho era mais concorrido que o normal, porém conseguimos alugar mais alguns lançamentos e assim passar mais dias com os DVD’s.

Assistir aos filmes me fez ter a certeza de que eu precisava ler os livros urgentemente. Esse foi um sonho que se adiou por muito tempo. Somente depois de uns quatro anos é que eu pude ter acesso as páginas tão cobiçadas. Harry Potter tinha livros caros, creio que os preços ainda sejam parecidos com os da época. Eu pedia emprestado a amigos de amigos quando já estava morando aqui em Imperatriz. Assim, com prazo determinado e quase sempre humilhante, foi que eu tive o prazer de conhecer “o mundo mágico de J.K Rowling” e também das notas baixas, pois eu deixava as obrigações escolares um pouco de lado. Mas, isso foi outra história que eu contornei.

Meus amigos, que mulher! Uma mão cheia de apetite e uma cabeça lotada de ideias. Fica aqui a minha profunda gratidão à essa escritora que me convidou a resgatar a Pedra Filosofal, me trancou dentro da Câmara Secreta junto de um basilisco, me fez entender que uma história tem sempre dois lados ou mais com o Prisioneiro de Azkaban, pôs meu nome clandestinamente no Cálice de Fogo para competir o torneio tribruxo, me fez desafiar as regras com a Ordem da Fênix, me ajudou a desvendar o Enigma do Príncipe tragicamente e me apresentou às Relíquias da Morte. Tudo isso para dizer que o amor é a coisa pela qual vale a pena lutar e que se você tem amigos de verdade, já é infinitamente rico. Harry Potter não é apenas uma história, é o marco de uma geração e o elixir da juventude de milhares ao redor do globo. Cada coração que bate mais forte ao (re)ler uma de suas páginas, é uma horcrux da magia que nunca morrerá. “Malfeito feito”.

“Você também vai descobrir que Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem”. (Alvo Dumbledore)

Idayane Ferreira

“Jornalista com “abundância de ser feliz”, mais “da invencionática” do que “da informática”, acredita piamente que Manoel de Barros escreveu “O apanhador de desperdícios” baseando nela.“

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