Para quem nasceu e cresceu no sertão cearense, conhece muito bem a utilidade da planta ‘palma forrageira’ que tem por nome científico ‘Opuntia cochenillifera’. A planta é usada no rebanho bovino leiteiro, mas por quê?
A resposta é simples, a palma forrageira é uma espécie de cactos que se adapta e se reproduz no semiárido nordestino e em regiões do mundo onde há pouca chuva. Essa planta é fonte de energia e rica em água, e se adapta facilmente ao clima semiárido tendo baixo custo de produção.
Pesquisas compravam que a palma forrageira tem um grande potencial nutricional, é rica em vitamina A, vitamina C, complexo B, é fibrosa e tem vários tipos de aminoácidos essenciais para o desenvolvimento humano, entre outros nutrientes como descreve a pesquisadora Cearense Elisângela Carlos da Silva em sua tese de Mestrado. Em países como o México, os cactos têm alto nível de consumo, sendo utilizado diariamente na cozinha e é facilmente encontrado nos mercados de supermercados.
No Ceará, a palma forrageira está bastante difundida através de um trabalho contínuo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) – da Secretaria do Desenvolvimento Agrário – Governo do Ceará – visando os agricultores de base familiar.
No município de Madalena-Ceará, a Ematerce, baseada em pesquisas sobre o aproveitamento dos brotos da palma forrageira na alimentação humana, está difundindo, nas famílias rurais, daquele município, a palma forrageira como alimentação básica.
Delas são produzidas a polpa, o arroz-verde, a salada de verdura, o dindim (conhecido também como geladinho ou geladão), o sorvete, a farofa, o colágeno e o pastel com recheio de carne e palma. Todos esses produtos já estão sendo feitos e consumidos pelos pequenos produtores rurais e com possibilidades de serem aproveitados como base na alimentação dos estudantes da rede pública.