Ponte aérea Imperatriz-São Paulo e lá está Weslane, mais conhecida como Wes, com sua mala novamente pegando o voo em destino ao seu sonho. Sonho que demorou, ao seu ver, a tomar a iniciativa de segui-lo com toda a sua força.
É assim sua vida atual e de cara já se vê que ela está muito feliz com suas “duas residências, uma em São Paulo e outra em Imperatriz”, como ela mesma denominou. Musicista e artista nata, ela confessa que passou por muitos trabalhos e percalços até chegar a esse momento da sua carreira artística.
Mesmo gostando de música desde criança, na adolescência e no começo de sua juventude seu gosto pela música ficou de lado e cantava por hobby, um sonho que parecia cada vez mais distante. Agora aos 28 anos, ela conta com muita satisfação e sorridente a sua trajetória até chegar às composições e clipes dignos de super produções.
“A música nunca, nunca se afastou de mim. Porque eu comecei a aprender a tocar um instrumento quando eu era criança (tocar violão) e aí eu tocava na igreja. Só que depois continuei estudando no IFMA. Aí passei dois anos estudando para o vestibular. Eu passei e cursei Direito. E na verdade fiz o curso mais fazendo a vontade dos meus pais. Teve uma época que eu estava bem assim querendo fazer Música, ou Jornalismo, mas eu acabei desistindo”.
Ao terminar o curso de Direito, Wes conta que passou em um concurso da Polícia Civil ficou por um tempo, e “definitivamente, em 2020 resolvi arriscar tudo e correr atrás do meu sonho enquanto ainda sou jovem”. Outro ponto importante dessa virada de chave para perseguir seu sonho, é que hoje ela analisa que antes “era uma pessoa influenciada e nessa época foi que acabei cursando Direito. Não me arrependo porque adquiri bastante conhecimento”.
Ela faz shows em Imperatriz sempre quando está na cidade e em São Paulo faz seu network e produção dos clipes das músicas. Perguntei quais suas inspirações. “Anitta enquanto empresária e dona de si, ela gerencia seu próprio negócio. Em termos de produção musical, a Luísa Sonza, Rihanna, Lana Del Rey, Beyoncé, Camila Cabello, Coldplay. Sou bem eclética. Aqui no Brasil também eu gosto muito de alguns artistas de trap o Matuê. MPB também, né?”.
A principal marca da Wes, sem dúvidas são seus clipes. Esses clipes tem superproduções. “Assinei com uma produtora para eles fazerem a divulgação das minhas músicas e clipes. É uma experiência muito legal. Tenho meu trabalho autoral. E aí que o bicho pega, né? Porque aí começa a ficar difícil mesmo financeiramente falando, principalmente porque para gravar você [ela] é um produto e tem que oferecer qualidade e não é barato e sempre temos que estar além, tem muitos gastos com produção. Mas por outro lado é investimento na minha carreira”.
Wes demonstrou ao longo de toda a entrevista, que é uma mulher forte e disposta a encarar os desafios para alcançar seus sonhos e objetivos. Quem é artista sabe, que ter leveza no que faz é essencial para suas músicas fluírem e alcançar mais pessoas. Perguntei quais são seus sonhos:
“Sonho em ter reconhecimento, que minha música seja conhecida e que isso me traga um retorno financeiro. Mas que esse objetivo financeiro seja uma consequência do meu trabalho. Eu quero muito ter uma carreira consolidada e é por isso que considero que o meu trabalho ainda está na fase inicial apesar de eu já estar investindo em clipes e em network aqui em São Paulo nos últimos anos”.
Hoje em dia ela conhece muitas pessoas do meio artístico: “Fiz grandes amigas aqui em São Paulo que estão também na mesma vibe assim, sabe? Então isso é muito importante, muito legal, porque você não se sente sozinho na caminhada. Me aproximei de pessoas que estão no mesmo momento que eu, com mesmas aspirações. Comecei a compor minhas próprias músicas, e isso de alguma forma me faz sentir que comecei tarde na música porque meu caminho não foi um caminho reto, teve várias reviravoltas”.
Wes também canta em espanhol e inglês. Confessou que pensa em gravar “alguma coisa” nesses idiomas. Mas seu foco maior está nas composições e nos clipes no Brasil. “Um outro clipe será lançado até o final do ano. Mas eu gravo muitos ‘covers’ porque isso gera engajamento nas redes sociais e é uma forma de eu apresentar meu trabalho e minha voz”.
Paralisou é sua música favorita. Ouça, assista o clipe e compartilhe.
Jornalista especializada em Assessoria de Comunicação Organizacional e Institucional. Já vivenciou experiências profissionais nas áreas de publicidade e propaganda, produção de documentários, radiojornalismo, assessoria política, repórter do site jornal Correio de Imperatriz e social mídia. Boa parte de suas experiências profissionais foram em assessorias de comunicação institucional de ONGs, com ativismo social voltado para a defesa de direitos humanos, justiça socioambiental e expansão da agroecologia na região do bico do Papagaio; esses trabalhos ocorreram nas cidades de Açailândia, Imperatriz (MA) e Augustinópolis (TO).